A outra Foz-Parte 2

   Neste largo, Largo do Monte da Luz, é fácil distinguir diferentes gostos arquitectónicos consoante os seus novos habitantes: Uma casa estilo francês apalaçada, logo a seguir outra de estilo inglês, onde funciona a secção da Foz do Instituto Britânico, datada de 1894.

 

    Continuando a descer deparei com esta placa toponímica, que achei um encanto: Rua Cândida Alves, Cândidinha Modista ! E uma outra Rua da Trinitária, por onde segui.

 Procurei informar-me sobre o significado do nome desta rua e, segundo Eugéneo Andreia da Cunha Freitas in Toponímia Portuense, é uma referência a uma Ordem religiosa, Ordem da Santíssima Trindade dos Cativos(fundada em 1198), cujo objectivo era resgatar os marinheiros portugueses levados como prisioneiros e escravisados no norte de África.

Nesta Rua, parece que entramos num outro mundo, com uma arquitectura própria e que nos reporta ao passado; desci a Viela do Caminho Novo...lindíssima ou não estivéssemos na Primavera!









Passo da Rua Alto da Vila

Rua de um Homem de Sociedade

    Seguindo pela Rua da Cerca sempre a descer, encontrei algumas curiosidades que não pude deixar de fotografar. Aqui vão elas... A Sede da Banda Marcial da Foz do Douro, uma loja chamada Museu dos Presuntos, curiosamente com uma enorme colecção de relógios despertadores na parte de cima da porta, a Rua de Sta Anastácia, cujo nome antigo era a Rua da Cambada, outro Passo na Rua Padre Luís Cabral, a rua mais estreita que vi, Rua D. Miguel da Silva, a Rua do Veludo, e cheguei ao Largo do Rio da Bica, onde se encontra o Passo do Largo do Rio da Bica.

 

 

   Segui pela Rua das Laranjeiras até à Calçada dos Ingleses, que subi registando o curioso desnível da primeira casa e a própria rua bem como a bela Bouganvillia florida que suavemente se vai apoiando no muro...



    Mais adiante, na Rua Alegre registei um belo exemplar de um candeeiro de rua em ferro bem antigo e um outro na Travessa do Sacramento.

  A Travessa do Sacramento será, a meu ver, a rua mais pequena desta zona, senão reparem... depois segui pela Rua de Montebelo , passei pela Travessa do Adro da Foz e lá estava a majestosa Igreja de S. João da Foz com o seu Largo da Igreja ladeado de enormes plátanos. No lado oposto à igreja fica o  Oporto Restaurant,muito certamente direccionado para um certo tipo de turismo.

    Caminhando já em direcção ao Rio Douro, desce-se as Escadas da Igreja, depois a Rampa da Igreja e aí fui encontrar informasção sobre os 5 Passos da Foz do Douro. Segundo a informação só me faltou registar o da Rua Bela...

   Lá cheguei ao Passeio Alegre e continuei a caminhar agora na direcção a norte junto ao Rio, muitos pequenos restaurantes, que estavam a fervilhar de clientes, um belíssimo carro mas estacionado em transgressão,isto é, em cima do passeio, o Eléctrico da Linha 1, utilizado para transporte de turistas entre o Infante e o Passeio Alegre (esta linha ligava Matosinhos ao Infante pela beira-rio e voltava; cheguei a ir dar muitos passeios de eléctrico quando a minha filha era pequena),admirei a serenidade do Rio Douro com os seus barquitos parados, a bela Fortaleza de S. João da Foz e rumei pela Rua Nossa Sra de Fátima, onde encontrei a  Rua dos Cadouços reminiscência do antigo Largo de Cadouços, onde ficava a Estação que abastecia água ao combóio a vapor, popularmente chamado de A Máquina.

    O regresso foi fácil e sempre a subir!!!