Habitualmente quando se pensa em Leça da Palmeira pensa-se na beira-mar e num agradável passeio, se o tempo o permitir. Habitualmente sigo pelo passadiço para além da Capelinha da Boa Nova que possibilita a ida até ao Cabo do Mundo e além...
A Boa Nova, assim era conhecida a via que ligava o Porto de Leixões à Capelinha, era um dos percursos favoritos aos Domingos de manhã para darmos asas à nossa energia de crianças e de brincarmos sem perigo com o nosso amigo "Sansão" um belíssimo Serra da Estrela, muito pachorrento e paciente... quando estava tempo de nevoeiro, lá íamos com o meu Pai para junto do Farol, onde tocava a Ronca, que mais não era do que o aviso sonoro para os barcos... Enquanto nós gritávamos de susto pelo ronco e por sentir o carro a tremer, o meu Pai ria-se! Mas voltávamos sempre...E chegámos a subir ao Farol e ver de perto os espelhos e onde o Faroleiro nos explicou como o sistema funcionava e falou dos muitos navios em apuros naquela costa tão rochosa.
Nesse tempo não havia nada, isto é, havia dunas cobertas de chorões e um edifício pequeno que pertencia à Capitania do Porto de Leixões. Mas recordo muito bem a construção da Piscina de Marés, nos inícios dos anos 60, e que frequentei ainda na altura em que não havia multidões por todo o lado, provavelmente por se pagar entrada, da Casa de Chá encastrada nos rochedos, ambas obras do Arquitecto Siza Vieira, e onde fui duas ou três vezes beber chá com a família.Ficou-me o deslumbramento do mar encapelado a rebentar nos rochedos, que ainda hoje gosto de ver!
Leça, como nos referíamos à vilazinha piscatória vizinha de Matosinhos,apenas separada pelo Rio Leça,hoje impossível de se ver devido ao aumento do Porto de Leiões - Doca 2. Mas eu ainda recordo o rio a desaguar perto do local onde hoje se encontra a Ponte Móvel. O seu estuário era navegável até uma certa distância, era atravessado pela chamada Ponte Românica ou dos 19 arcos, demolida devido às obras, e as suas águas límpidas aproveitadas pelas lavadeiras...
Mas hoje ainda é possível reconhecer bastantes marcas desse passado, principalmente junto ao Porto de Leixões do lado norte.
Este é um dos dois Titans utilizados nos obras de construção dom Porto de Leixões(meados do Século XIX), para colocar os blocos que suportariam os muros do porto. Há um outro no molho norte, visível também. Toda a costa para norte é muito rochosa, tal como é visível na foto à direita.
Mas são essas mesmas formações rochosas, chamadas LEIXÕES que irão, de uma forma natural,criar o porto de abrigo na foz do Rio Leça, foto da direita). A fotografia da esquerda mostra a forma como foi aproveitada a bacia natural formada pelos leixões.(actualmente) No entanto a entrada da Barra de Leixões não se fazia sem problemas, em especial quando o mar estava agitado, antes das obras de prolongamento do molhe para que os petroleiros pudessem descarregar o petróleo destinado à Refinaria da Sacor, situada perto do Farol de Leça. Os rebocadores tinham nessa altura e continuam a ter um papel fundamental nas manobras de entrada de qualquer tipo de embarcação de médio e grande calado.
Actualmente a descarga de crude é feita ao largo da costa, de onde o mesmo é direccionado para a Refinaria da Sacor.
Aqui fica a recordação do mais grave naufrágio ao largo da Praia de Matosinhos do petroleiro Maesk, em 1975,a que assisti do 6º andar onde vivia com a minha família. Momentos de horror...
Alguns pormenores que me captaram a atenção. O carro ficou bem perto deste pequeno convento dos Franciscanos...e lá fui pela rua fora para apreciar o casario típico desta zona perto da praia. Casas de gente abastada e casas mais pequenas e modestas. Ruas estreitas e vielas e até um sinal sui generis! Parece torto mas é dele mesmo!!!
Pela Rua António Nobre adiante...
Descendo a Travessa dos Dois Amigos e virando à direita...
O dito sinal, que apesar de já ter nascido anguloso, parece ter tido alguma ajuda de algum auromobilista !
Já no Largo do Castelo, reconheci a famosa "boite" dos anos 70- o Batô- e que penso ainda estar em actividade; uma das casas para venda, um bom exemplo da arquitectura dos finais do Século XIX, princípios do Século XX.
Este Largo já era famoso pelas suas "tasquinhas" e que agora tem nas suas redondezas e no próprio largo muito bons restaurantes, famosos pelo peixe, como não podia deixar de ser!
Curiosamente, na porta do forte pude saber quais as previsões metereológicas para esse dia e próximos!!!
Mas hoje ainda é possível reconhecer bastantes marcas desse passado, principalmente junto ao Porto de Leixões do lado norte.
Este é um dos dois Titans utilizados nos obras de construção dom Porto de Leixões(meados do Século XIX), para colocar os blocos que suportariam os muros do porto. Há um outro no molho norte, visível também. Toda a costa para norte é muito rochosa, tal como é visível na foto à direita.
Mas são essas mesmas formações rochosas, chamadas LEIXÕES que irão, de uma forma natural,criar o porto de abrigo na foz do Rio Leça, foto da direita). A fotografia da esquerda mostra a forma como foi aproveitada a bacia natural formada pelos leixões.(actualmente) No entanto a entrada da Barra de Leixões não se fazia sem problemas, em especial quando o mar estava agitado, antes das obras de prolongamento do molhe para que os petroleiros pudessem descarregar o petróleo destinado à Refinaria da Sacor, situada perto do Farol de Leça. Os rebocadores tinham nessa altura e continuam a ter um papel fundamental nas manobras de entrada de qualquer tipo de embarcação de médio e grande calado.
Actualmente a descarga de crude é feita ao largo da costa, de onde o mesmo é direccionado para a Refinaria da Sacor.
Aqui fica a recordação do mais grave naufrágio ao largo da Praia de Matosinhos do petroleiro Maesk, em 1975,a que assisti do 6º andar onde vivia com a minha família. Momentos de horror...
Alguns pormenores que me captaram a atenção. O carro ficou bem perto deste pequeno convento dos Franciscanos...e lá fui pela rua fora para apreciar o casario típico desta zona perto da praia. Casas de gente abastada e casas mais pequenas e modestas. Ruas estreitas e vielas e até um sinal sui generis! Parece torto mas é dele mesmo!!!
Pela Rua António Nobre adiante...
O dito sinal, que apesar de já ter nascido anguloso, parece ter tido alguma ajuda de algum auromobilista !
Virando nesta travessa da qual não vi placa com nome até à Avenida Antunes Guimarães...memória da construção do Porto de Leixões nas modernas instalações da APDL.
Casas em ruínas na Avenida Antunes Guimarães... da segunda só resta a fachada principal...
Já no Largo do Castelo, reconheci a famosa "boite" dos anos 70- o Batô- e que penso ainda estar em actividade; uma das casas para venda, um bom exemplo da arquitectura dos finais do Século XIX, princípios do Século XX.
Este Largo já era famoso pelas suas "tasquinhas" e que agora tem nas suas redondezas e no próprio largo muito bons restaurantes, famosos pelo peixe, como não podia deixar de ser!
E aqui está o Castelo que dá nome ao Largo, mas que é um Forte do Século XVII! Com tudo: é do tipo abaluartado,com planta em forma de estrela de quatro pontas, com fosso e muralhas inclinadas e quatro guaritas salientes para a sua defesa, e uma ponte levadiça.
Curiosamente, na porta do forte pude saber quais as previsões metereológicas para esse dia e próximos!!!
Seguindo em direcção ao Porto de Leixões, esta é a informação disponível sobre o Forte de Nossa Senhora das Neves... e do lado esquerdo o edifício que durante muitas décadas albergou o Radar na face virada para a marina...
Não resisti a registar este reclamo da Tissot na paragem do autocarro. Será que a ideia por trás da escolha do "Pantera Negra" é a de excelência?! Coisas da publicidade!!!
Outra imagem da degradação de uma das casas mais emblemáticas na Avenida Antunes Guimarães...
Só para dizer que o Farol da Boa Nova foi erguido no anos 30 e é um dos mais altos do país, e que a Capelinha da Boa Nova era pertença de um Ermitário de Franciscanos...
Pintura a pastel seco-colecção particular |
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