No passado Domingo resolvi ir ver Espinho. Tentando seguir a estrada antiga foi quase impossível e pagar portagem na auto-estrada e nem saber por onde se anda nem pensar. A tarefa foi , devo confessar, bastante árdua, pois agora há muitos desvios para estradas secundárias que passam por localidades totalmente desconhecidas para mim.
Seguindo para sul o mais próximo da costa foi o mais sensato e lá consegui chegar. Mas o que me esperava era o desconhecido; fiquei sem pontos de referência: o combóio e as árvores a ladear o caminho de ferro! Não havia combóio simplesmente porque a linha de ferro é agora subterrânea!!! E à superfície existe uma faixa alcatroada bastante larga e longa, que me pareceu, desculpem-me a franqueza, uma pista de aterragem... Só me apeteceu virar as costas e ir embora! Ainda fui até à beira-mar mas nada relembra o que era esta cidade há muitos anos. Lembro-me perfeitamente da Piscina e do Casino e da avenida marginal ao longo da praia. Não houve vontade de fotografar o que quer que fosse...
Depois do almoço, a zona a visitar era o bairro onde foram realojados os pescadores mais a sul. Este bairro ainda pertence à zona de Espinho para sul e aí encontrei um pequeno grupo de pescadores à volta das redes e de um barco em especial, que depois se fez ao mar para largar as redes. Um pormenor que me chamou logo a atenção é a forma da quilha do primeiro barco, fazendo lembrar os Barcos Moliceiros da Ria de Aveiro.
Em relação aos pescadores, o números de pessoas de cabelos loiros e/ou muito claros, mais mulheres e crianças, fez-me lembrar que povos do Norte da Europa, em especial Vikings, também marearam por estas costas atlânticas e deixaram marcas indeléveis na população piscatória.
Continuando pelo passadiço chega-se à Praia de Silvalde, cujo esporão é bem mais reforçado do que os anteriores.
Deixando a orla marítima, desloquei-me mais pelo interior, onde pude ver o Aeródromo, ou melhor, a cabeceira da pista, o Campo de Golfe, por sinal com bastantes golfistas, e finalmente a Praia de Paramos. Tirei estas fotografias mostrando as duas perspectivas: a de sul e a de norte da Capela de Nossa Senhora da Aparecida, practicamente contruída sobre o mar, e rodeada por um paredão.
As marcas dos temporais deste inverno são bem visíveis aqui com areia por todo o lado. A parte norte da Capela ainda se encontra semi-subterrada e há obras a serem realizadas no paredão que que a circunda. Existe mesmo um fosso cavado na areia acomulada para o escoamento mais rápido das águas, como se pode ainda ver.
As marcas dos temporais deste inverno são bem visíveis aqui com areia por todo o lado. A parte norte da Capela ainda se encontra semi-subterrada e há obras a serem realizadas no paredão que que a circunda. Existe mesmo um fosso cavado na areia acomulada para o escoamento mais rápido das águas, como se pode ainda ver.
Para tirar esta última fotografia tive que me afastar bastante, porque a rebentação estava muito forte e podia-se sentir os salpicos causados pela forte rebentação e eventualmente danificar a minha máquina. Admirei a passividade do pescador...
Para sul tudo parecia mais calmo, mas só aparentemente, porque é bem visível a força da corrente da maré a encher!
Termino apresentando o meu mais recente trabalho a pastel, o do mês de Abril, representando a minha flor favorita : O Jarro. Chamei-lhe Calla-lilly.
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Calla-Lilly, pastel seco,59x47 cm c/ moldura - colecção particular |
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