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10 julho 2014

O Parque da Cidade (do Porto)


   Nunca me aborreço quando vou ao Parque da Cidade do Porto! Para além de me proporcionar uma belíssima caminhada que perfaz cerca de 10 kms de ligeiras subidas e descidas, toda a mística do Parque faz-me entrar num mundo onde o contacto com a natureza é real...
   Apesar de ser o mais extenso parque urbano do nosso país, a sua concepção incluiu muitas das técnicas rurais tradicionais, o que nos dá a sensação de termos parado no tempo! Aqui o papel da pedra foi fundamental para a construção de muros para suporte das terras, estadias, charcos drenantes que retêm as águas pluviais, descarregadores dos lagos, tanques, abrigos e bordaduras de caminhos e pavimentos.
   Toda a pedra necessária foi sendo "despejada" pelos empreiteiros, proveniente da demolição de obras, no local já projectado a pedido da Câmara do Porto; este processo durou ainda alguns anos, bem como o da recepção de terra proveniente de terraplanagens e outras obras tão necessária para a concepção deste magnífico espaço público. A primeira fase deste grandioso projecto do arquitecto paisagista Sidónio Pardal foi inaugurada  em 1993 e só finalizada com a construção da Frente Marítima e do Núcleo Rural de Aldoar, retratando o Porto rural e suas construções  na recuperação das  suas quatro quintas, em 2002.
 
   Na fronteira  entre Matosinhos e o Porto em frente ao mar, na Praça Cidade S. Salvador, está situado este belo monumento aos pescadores matosinhenses, obra de autoria da escultora norte-americana Janet Echelman, enquadrado no Projecto Polis. Inicialmente designada por "She changes" ou "She moves", a escultura manteve sempre presente a ideia de movimento contínuo e sempre diferente da rede ao sabor do vento. A escultura é sempre diferente a cada minuto que passa. E foi precisamente da comunidade piscatória que nasceu a actual designação da escultura: Anémona. A requalificação urbana e de valorização ambiental da marginal teve na inauguração da Anémona em Dezembro de 2004 a sua concretização.
   Depois entrar no Parque da Cidade! Não irei dizer muita coisa, porque num espaço como este as imagens  valem mais que mil palavras...

       Uma Pega Rabuda Branca e Preta, o mar lá ao fundo e um paraíso para os Melros...
 
 
 
 Seguem-se as vedetas, o casal de cisnes brancos, já residentes, sempre majestosos com o seu séquito, acompanharam-me ao longo da margem do lago até ao seu sítio favorito para sair da água, onde eu os esperava.

 O macho, sempre mais intrépido foi o primeiro a sair da água e a vir observar-me de perto. Certamente à espera de comida.
A fêmea, mais recatada, preferiu manter-se na água ao abrigo da vegetação.

Os gansos são engraçados quando fora de água. Este macho veio te3r comigo e até fez "pose" para a fotografia.
Apenas uma curiosidade: estes animais são muito protectores das suas crias e as dos patos, podendo tornar-se agrassivos para as defender!
Este macho não teve dúvidas em descansar à sombra, enquanto o Ganso do Egipto quedou-se a observar a água!

    Não há vez nenhuma em que não tire esta fotografia , que considero um clássico... o que muda é certamente a gaivota!!!!

    No lago superior o bulício é bem maior pois há sempre migalhas de pão para os esfomeados, apesar dos avisos para não dar de comer aos animais... Desta vez havia uma predominância de gansos, muito poucas gaivotas ( a meu ver significa abundância de peixe) e alguns patos reais e fémeas.
 Senão vejam!!!
 
Enquanto este bando de gansos observa ansiosamente o que lhes pode chegar ao bico, este Galeirão-comum ( vi apenas dois) passeia-se calmamente longe da agitação!



  
   Em alguns recantos mais rurais, não resisti a fotografar alguns troncos e líquenes que se encontram apenas na parte do tronco dos plátanos virados para o mar...
 
 Testemunho da hora do banho do pato real e o planar da gaivota em direcção à água, são testemunho do bucolismo existente neste local.



   As gaivotas mais comuns desta costa são a Gaivota Argêntea ( na imagem a que está frente à água do lago) e a Gaivota de asa escura, as outras.
  Para terminar, não posso deixar de assinalar que o número de aves migratórias do Parque é mais reduzido este ano, tal como já havia notado na minha mensagem sobre a Ponte da Arrábida e o Estuário do Douro. Talvez uma Primavera com demasiado Inverno à mistura!!!

  
Este meu trabalho a pastel seco foi inspirado no casal de cisnes brancos...Pura majestade!

Majestic swauns- colecção particular
(trabalho a pastel seco)




 
 



 





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